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Descrição enviada pela equipe de projeto. Na porção mais alta da cidade, num terreno em declive acentuado, acenando para o mar de morros de Minas Gerais, encontra-se a Casa Bosque.

Uma luneta metálica, de discretas proporções e suave materialidade, abriga um programa residencial compacto e objetivo.

O partido de projeto nasce da mínima intervenção no lote, criando um diálogo respeitoso e inteligente com a natureza exuberante local e a paisagem.

Uma casa que se adapta ao terreno, não ao contrário. Dito isso, moveu-se pouquíssima terra e a única retirada de fato, foram das sapatas. É possível entender a casa também como duas plataformas de concreto e uma barra aérea, permeada por vazios, vegetação, luz e poucos pontos de apoio.

A residência conta com três níveis: o térreo organiza garagem descoberta e funciona como uma espécie de praça de acesso, o primeiro pavimento paira suavemente sobre o térreo, abarcando: jardim interno, sala, cozinha, duas grandes suítes, lavabo e uma grande varanda como extensão da cozinha. E por fim, num nível abaixo: serviço, academia, escritório e mirante com banheira.

Optamos por uma paleta de materiais curta porém efetiva: concreto, pedras naturais, aço, vidro e tijolo, o último, por sua vez, se encarrega de cobrir toda fachada principal com paginação intercalada, garantindo extrema privacidade e provocação visual.

Por fim, mas não menos importante, entre árvores, em um dos cantos do lote, há além de trajetos sinuosos em pedra, um braseiro, pensado como fogueira para aquecer nos dias frios, e no verão como fogo de chão, cozinhando direto na brasa.

A Casa Bosque é um exercício pacato porém repleto de sensíveis e interessantes nuances estruturais, materiais e espaciais. 

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