26/06/2025 | Notícia | ArchDaily
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa de Ibiúna, projeto residencial mais recente de Rodrigo Ohtake, neto da artista plástica Tomie Ohtake e filho, do também arquiteto, Ruy Ohtake, está localizada na cidade de Ibiúna, a uma hora e meia de São Paulo e serve de refúgio durante os finais semana para o arquiteto e a sua família (sua esposa, Ana Carolina, e seus três filhos, Lia, Ivan e Tom).
Inicialmente, a proposta surgiu a partir de um convite da Syshaus, renomada construtora brasileira que produz casas pré-fabricadas, para desenvolver um projeto que não se parecesse com a casa pré-fabricada modular usual. O convite foi aceito, motivado pelos ensinamentos transmitidos ao longo de sua vida pelo seu pai: apreciar desafios, criar boas relações entre os fornecedores e a indústria, instigar a evolução da arquitetura e dos sistemas construtivos e, principalmente, com o objetivo de desenvolver moradias de qualidade com preços acessíveis.
A casa foi incorporada de maneira racionalizada, construída utilizando componentes metálicos, em vidro e demais materiais que podem ser facilmente transportados. A residência foi pré-fabricada e posteriormente implantada em um dos platôs do terreno.
Assim, a casa se tornou um exemplo de construção ágil, inteligente e sustentável, fora dos padrões tradicionais da construção civil. Um projeto contemporâneo em total harmonia com a natureza. Ao chegar, depara-se de imediato com o jardim cuidadosamente implantado na cobertura. E, ao adentrar a residência, contempla-se, através dos amplos espaços abertos, toda a exuberante paisagem exterior.
A arquitetura de Rodrigo se caracteriza por volumes, cores e formas, principalmente curvas, seguindo, teoricamente, em direção contrária ao sistema modular, que exige a padronização para possibilitar a rapidez na produção. Este foi um desafio muito estimulante, propor algo novo a partir de certa rigidez formal, própria do conceito de modularização.
Na cobertura, foram utilizadas telhas autoportantes, que podem ser cortadas em curvas. Para a fachada, Rodrigo criou alguns elementos para quebrar a forma retangular dos cômodos, como paredes e beirais curvos. Para o fechamento exterior, foram escolhidos painéis industriais com isolamento térmico, revestidos de alumínio. Os brises externos curvos azuis foram produzidos em chapa de aço perfurada e instalados nos módulos dos quartos para proporcionar privacidade e tornar a casa surpreendente.
Para criar algo novo e harmonioso, Rodrigo posicionou todos os cômodos em módulos volumétricos de dimensões predefinidas, mas deixando-os distantes, ou seja, permitindo um distanciamento espacial de modo com que esse espaço vazio, amplo e integrado, fechado por caixilhos de alumínio generosos, com vidro fixo ou de correr, atue como áreas sociais: sala de estar, sala de jantar e cozinha.
A cor laranja foi escolhida para ser a protagonista do interior, em contraste com o verde intenso da paisagem que envolve a casa. Acordar em meio à natureza é o motivo pelo qual não há cortinas nos quartos. Com área de 180 m2, a residência foi produzida na fábrica da Syshaus em 90 dias e inserida no terreno em apenas 30 dias. A maioria dos móveis foi desenhada por Rodrigo e todas as obras de arte foram selecionadas por sua esposa, que é curadora de arte.
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