Edificações de Uso Comum do Condomínio Jardins Genebra

13/11/2024 | Notícia | ArchDaily

Descrição enviada pela equipe de projeto. As edificações de uso comum do Condomínio Jardins Genebra, em Brasília, projetadas pela Fittipaldi Arquitetura para a FGR, foram concebidas para estabelecer uma conexão sensível e contínua entre o espaço construído e o ambiente natural, fundindo arquitetura, arte e paisagem em uma linguagem integrada. As construções se distinguem pelo exoesqueleto metálico minimalista, que proporciona leveza visual e permeabilidade, permitindo ao olhar transitar livremente entre os espaços internos e o entorno, enquanto abriga peças de arte e jardins através de seus programas de uso, unindo essas dimensões em uma composição coesa.

A portaria, com sua cobertura longilínea, estabelece uma transição suave entre o Cerrado nativo e a área urbanizada, promovendo uma conexão que vai além da materialidade e evoca uma sensação de pertencimento ao ecossistema local. Esse princípio de biofilia, central ao projeto, é reforçado pelo painel de azulejaria de Alexandre Mancini na fachada, que humaniza a estrutura e cria um atrativo visual envolvente. O cuidadoso projeto das praças pelo Escritório Burle Marx, com seus grafismos característicos nos pisos, complementa as edificações e qualifica a experiência sensorial nas áreas de sombra e nos prolongamentos da arquitetura, cuja tipologia estrutural expande a ocupação.

A academia, com sua estrutura em formato de borboleta e amplos painéis envidraçados, revela sua função de forma clara e acolhedora, permitindo a transparência visual e convidando à interação. Além de um painel escalável, o espaço oferece estruturas de suspensão, reforçando o dinamismo e incentivando os moradores a interagirem fisicamente com o ambiente. Pequenos blocos modulares de serviço, além de abrigarem a infraestrutura necessária, proporcionam nichos de contemplação, criando um equilíbrio entre funcionalidade e espaços de respiro para o cotidiano.

O projeto Jardins Genebra transcende a função arquitetônica, conectando de forma fluida o ambiente construído, a natureza e a vida das pessoas, proporcionando uma experiência sensorial e regenerativa que celebra a harmonia entre arquitetura, arte e paisagem. As imagens de Joana França registram o Cerrado no auge da seca e revelam a resiliência desse cenário ainda em fase de implementação.

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