04/12/2024 | Notícia
Imagine um edifício de escritórios onde, em vez de divisórias, há amplas varandas, espaços de convivência e circulação de ar natural. Esse é o Ibira Work, projeto liderado por Fernando Forte do premiado escritório FGMF. Situado próximo ao Parque Ibirapuera, o empreendimento redefine o espaço corporativo ao aliar modernidade e inovação arquitetônica.
A construção industrializada em aço é fundamental para garantir a flexibilidade e a amplitude espacial necessárias aos escritórios contemporâneos. A escolha do material permitiu ao arquiteto criar grandes vãos e balanços, resultando em ambientes abertos e amplos, com uma estrutura minimalista e o menor número possível de pilares, reforçando a leveza e a funcionalidade dos espaços de trabalho.
“A estrutura em perfis I, visível em várias áreas do projeto, vai além da simples sustentação do edifício, organizando pergolados, brises, jardineiras suspensas e outros elementos que criam ambientes agradáveis e funcionais”, destaca o arquiteto. O sistema metálico também trouxe vantagens técnicas, como a otimização da área entre pisos, essencial em empreendimentos corporativos com superfícies elevadas e forros suspensos.
Um dos principais desafios, segundo Fernando Forte, foi atender às limitações de gabarito do terreno, mas a solução encontrada foi criar um primeiro nível três metros abaixo da rua, formando uma praça enterrada. “Essa abordagem garantiu mais espaço útil e uma fachada ativa, além de proporcionar uma circulação mais livre e harmoniosa”, avalia.
Com quatro pavimentos, incluindo a praça e espaços privativos, o Ibira Work está integrado com copas de árvores que alcançam o nível da rua, criando uma sensação constante de proximidade com o ambiente natural. Para se ter ideia, a entrada do Ibira Work conta com uma passarela elevada, que atravessa as árvores, convidando os usuários a uma experiência de integração imediata com o verde.
Outro aspecto importante do empreendimento é o desenvolvimento de um microclima através de suas soluções arquitetônicas. A estrutura metálica propiciou um edifício projetado para permitir a ventilação cruzada e maximizar o uso da luz natural, diminuindo significativamente a necessidade de iluminação artificial e mecânica.
Fernando Forte explica que o uso de brises e jardineiras suspensas foi uma escolha funcional, além de estética. “Eles promovem sombreamento natural e também aumentam o conforto térmico ao longo de todos os níveis da edificação”, explica. Isso cria uma sensação de acolhimento em um ambiente corporativo que, tradicionalmente, seria mais rígido.
Os rooftops, que são de uso exclusivo de dois conjuntos corporativos, são espaços privilegiados, com vistas panorâmicas para o Parque Ibirapuera, o pulmão verde da cidade de São Paulo. Planejados para incentivar a interação entre os usuários, esses terraços promovem um equilíbrio saudável entre tarefa e lazer.
O Ibira Work vai além da criação de um espaço de trabalho eficiente ou diferente. Ele simboliza uma nova era para os ambientes corporativos, onde a arquitetura não é apenas um suporte físico, mas um elemento que promove o bem-estar, a produtividade, a convivência e a integração com a natureza.
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