24/09/2025 | Notícia
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Educação Infantil do Colégio Santa Maria funciona em edifícios construídos no final da década de 1960, ampliados e reformados nos anos 2000. A proposta foi elaborar um projeto de retrofit para modernizar e atualizar os espaços, a fim de atender as novas demandas tecnológicas, usos, práticas pedagógicas e garantir a preservação das características arquitetônicas, parte da identidade da escola.
Foram realizados projetos para a recepção, setor administrativo, refeitório, cozinha experimental, banheiros e biblioteca. As obras deveriam ser realizadas em etapas e nos períodos das férias de verão e inverno, para não interromper o uso dos espaços. Para isso, a escolha dos processos, materiais e estratégias de projeto foram fundamentais para o sucesso das intervenções.
O refeitório funcionava em uma antiga sala de aula adaptada que não comportava o aumento do número de alunos. Foi proposta a volta da sala ao seu uso original e uma sala menor, próxima à entrada, pudesse ser ampliada para abrigar o novo refeitório. Foi proposta uma cobertura composta por pilares em concreto, vigas metálicas e telhas termoacústicas para cobrir o conjunto e criar um espaço coberto para abrigar os alunos, ampliar o refeitório e renovar a entrada do conjunto.
O espaço foi pensado com três acessos, dois organizam os fluxos de entrada e saída dos alunos e uma entrada lateral técnica para o abastecimento de alimentos e limpeza, sem comprometer o acesso dos alunos e educadores. Como materialidade, os tijolos e o concreto aparente existentes compõem o ambiente com o novo mobiliário, equipamentos e painel ao fundo com desenho em traço contínuo que ilustra as transformações dos alimentos.
No subsolo, foi proposta uma reformulação geral para abrigar uma cozinha experimental, banheiros infantis, depósitos, espaço para colaboradores com vestiário, armários e banheiros. A Cozinha Experimental está dividida em duas partes. Na parte interna, onde há bancadas fixas em duas alturas e equipamentos, o uso é mediado por educadores. Na parte externa, o grupo pode ser ampliado e os alunos podem cozinhar de forma coletiva. Nos banheiros, a cor sinaliza as cubas e orienta os alunos no uso dos sanitários.
A biblioteca estava organizada em dois espaços desconexos que abrigavam o acervo e as atividades pedagógicas. Foi proposto um espaço integrado, próximo aos fluxos de entrada e saída dos alunos e ao acesso às salas de aula. Nas paredes laterais foram projetadas estantes para expor os livros em diferentes maneiras, mesclando espaços de leitura e espaços para se sentar, deitar ou escalar. No centro, um espaço flexível com pufes e tatames para atender às demandas pedagógicas.
As estantes foram projetadas como blocos de livros empilhados. Nas fileiras mais baixas, os livros são expostos a partir das suas capas, na vertical e na horizontal. Nas mais altas, os livros estão enfileirados para abrigar todo o acervo. Foi proposta uma tela de projeção e baús usados como banco e local para guarda de fantasias usadas nas contações de histórias. Em uma das laterais estão dois pontos de apoio para que colaboradores possam mediar e orientar os alunos durante as atividades.
Escola Primária, Renovação - São Paulo, Brasil
> Arquitetos: Carvalho Terra Arquitetos
> Área: 550 m²
> Ano: 2025
> Fotografias: Guilherme Pucci
> Categoria: Escola Primária, Renovação
> Equipe Técnica: Eduardo Carvalho
> Equipe De Projeto: Matheus Santos, Fábio Verbel
> Arquitetos Líderes: Bruno Carvalho, Carina Terra
> Construção Geral: Trinova Construtora e Incorporadora
> Cidade: São Paulo
> País: Brasil
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