Residência AEA

21/11/2024 | Notícia | ArchDaily

Descrição enviada pela equipe de projeto. Envolto por uma densa floresta na Mata Atlântica do Rio de Janeiro, esse projeto de uma casa de veraneio se abre para o mar e emoldura a vista para algumas das 365 ilhas do arquipélago de Angra dos Reis, considerado um dos mais belos litorais do mundo. Foi nessa região que, décadas atrás, Paulo Jacobsen começou suas experiências com estruturas de madeira. Inicialmente motivado pela facilidade de transporte do material pelas águas do litoral, hoje a madeira é uma das grandes marcas do design do escritório. É, portanto, em meio a essa natureza abundante que a Residência AEA pousa levemente sobre o terreno e incorpora a topografia ao redor. Respeitando a implantação da antiga casa que existia ali, esse projeto buscou se utilizar de elementos naturais que pudessem compor, junto com a arquitetura, um espaço em sintonia com o entorno.

O acesso à casa se dá de duas formas distintas: de barco, pelo píer, ou através de uma sinuosa estrada na montanha que leva até a entrada da casa, na parte superior do terreno, onde um jardim cheio de espécies nativas recebe o visitante. Ao entrar na residência, uma pequena pedra surge em meio ao piso de madeira, que a envolve como se fizesse parte dele. Ao descer as escadas para o pavimento inferior, somos surpreendidos pelo seu real tamanho, que atravessa todo o pé direito da casa. É nesse nível também que a vista se abre completamente para o mar, desfazendo a barreira entre o construído e o natural.

Todo o projeto foi estruturalmente pensado como um misto de estrutura metálica, concreto e madeira laminada, com cada elemento cuidadosamente planejado para se adequar à natureza ao redor. O programa social se desenvolve no pavimento inferior, com estar, gourmet, sala de jantar e cozinha. Do outro lado, contornando a grande pedra e o espelho d'água, estão localizados o home theater, a brinquedoteca e a academia. Acima estão as suítes, onde foram usados painéis de muxarabis feitos de madeira oxidada para a proteção solar na fachada. O seu tom acinzentado é uma referência aos troncos de madeira encontrados nas beiras de praia, que vão perdendo sua cor ao longo dos anos pela ação da areia, do sal e do sol. Um longo banco contorna toda a varanda dos quartos, servindo também como proteção para quem caminha.

Da varanda dos quartos pode-se observar o jardim abaixo, que marca a passagem entre a casa e o mar. A piscina, com forma orgânica, faz a transição visual das linhas retas da arquitetura para o movimento livre do oceano, enquanto um paisagismo cuidadosamente trabalhado conecta a mata selvagem ao gramado. Dois elementos naturais delimitam a extensão das laterais da casa: de um lado, uma grande rocha, ainda maior que aquela do interior, toca levemente a construção, enquanto, do outro, uma enorme árvore antiga sombreia quem relaxa perto da piscina.

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